Escrito por “Paulo
Betti”, este texto Caldaico do VI século a.C.
É para ler e
refletir. Sabedoria e lucidez, definitivamente, não têm idade.
"O homem
lúcido sabe que a vida é uma carga tamanha de acontecimentos e emoções que
nunca se entusiasma com ela, assim como não teme a morte. O homem lúcido sabe
que viver e morrer são o mesmo em matéria de valor, posto que a Vida contém
tantos sofrimentos que a sua cessação não pode ser considerada um mal".
"O homem
lúcido sabe que é o equilibrista na corda bamba da existência. Sabe que, por
opção ou acidente, é possível cair no abismo, a qualquer momento, interrompendo
a sessão do circo”.
"Pode
também o homem lúcido optar pela Vida. Aí então, ele esgotará todas as suas
possibilidades. Passeará por seu campo aberto e por suas vielas floridas.
Saberá ver a beleza em tudo. Terá amantes, amigos, ideais. Urdirá planos e os
realizará. Resistirá aos infortúnios e até às doenças. E, se atingido por algum
desses emissários, saberá suportá-Ios com coragem e mansidão ".
"Morrerá
o homem lúcido de causas naturais e em idade avançada, cercado por filhos e
netos que seguirão sua magnífica aventura. Pairará então, sobre sua memória uma
aura de bondade. Dir-se-á: aquele amou muito e fez bem às pessoas”.
"A justa
lei máxima da natureza obriga que a quantidade de acontecimentos maus na vida
de um homem iguale-se sempre à quantidade de acontecimentos favoráveis. O homem
lúcido que optou pela Vida, com o consentimento dos Deuses, tem o poder magno
de alterar esta lei. Na sua vida, os acontecimentos favoráveis estarão sempre
em maioria".
“Esta é uma
cortesia que a Natureza faz com os homens lúcidos”.
Pense como o
homem lúcido em optar pela Vida. Em urdir planos e realizá-los. Em resistir aos
infortúnios. Em esgotar todas as possibilidades de ser feliz.
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