O código da psicoadaptação é o
mais notável da inteligência, reflete a capacidade de suportar, transcender
obstáculos, administrar conflitos, contornar entraves e se adaptar as mudanças
psicossociais.
O fenômeno da psicoadaptação
gera o código da resiliência. Um indivíduo só se torna resiliente conforme o
seu grau da adaptabilidade e capacidade de superar os eventos adversos que
encontra em seu traçado existencial, em sua jornada de vida. Por outro lado,
uma pessoa que tem dificuldade de se adaptar as mudanças da vida, tem baixa
resiliência, vive de forma inadequada frente as adversidades e as crises
podendo desencadear, depressão, pânico, ansiedade, medo, desequilíbrio mental,
doenças psicossomáticas. A pessoa não tem forças para suportar as dores e
perdas, muitos podem chegar ao suicídio.
O grande problema é que não
recebemos de nossos pais e nem do sistema educacional estímulos para
desenvolver a adaptabilidade e estimular a resiliência ensinando a criança
conviver com as perdas e as mudanças, as decepções, entender as falhas e
compreender os próprios erros. Por essa falta se tornam pessoas aceleradas, ansiosas,
agitadas e impacientes.
Muitas vezes os pais por
bobagens colocam nos filhos o sentimento de culpa, criando assim a hipersensibilidade.
Devemos desenvolver a
humildade porque a vida é cíclica, vales e montanha se sucedem. A humilhação de
hoje pode se converter em gloria amanhã e a gloria de hoje pode se converter em
rebaixamento amanhã nada é totalmente seguro na existência humana devemos
valorizar a vida. Muito mais do que o sucesso os aplausos ou o reconhecimento
social.
Quem quer o brilho do sol tem
que adquirir as tempestades, tem de ser resiliente para atravessar o breu da
ameaçadora noite. Não há milagres. A vida é uma grande aventura onde noites e
dias se alternam.
Augusto Cury e editado por Cleusa Cirillo
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